12 de abril de 2011

Papos de Bar

Papos De Bar 

#literaturanaquarta!

(12/04/2011)


O mundo não é triste. O mundo nunca foi triste. O mundo sempre girou em torno do nada e ninguém nunca encontrou o verdadeiro motivo. Para que os dias se repitam, como repetem os poetas essa pergunta: "para quê?"  e repetem-se, sempre, adicionando algo à nossa rotina. Uma dose? outra namorada? Mais um ano?


O mundo não é triste. Ele pode ser até estranho, mas não triste. Alguém será se pergunta porque falo tanto dessa coisa triste?


Eu não quero falar da felicidade. Essa coisa simples. Tragédias são mais legais e dão muito mais. De onde veio? Como foi? o que é? Filho de quem? Mas ele era tão bom...


O mundo não é triste. A única coisa que me prega os olhos e me pega pelas pernas é a morte. O medo. O mundo! 


Este. sim, este. Não ele não é triste. Assim como nenhuma história se começa do nada. Há sempre um pressentimento -um pré-fato- uma luz, um aviso: Eu já sabia! - como?

Não sei.

 Essa mania de falar que o mundo é triste é para pessoas vazias (como quem quer impressionar e acaba de fazer uma rima.) Porém falemos de tristeza: não do mundo que nunca foi triste. Quiçá, estranho, desconhecido e fantasiado...Triste é não saber.

Imagine um bebê que  acaba de sair do ventre de sua mãe e chora: Chora por quê criança? Mal sabes teu nome! me pergunto com os olhos.


E a vida continua no sorriso da mãe. Na graça dele ter chegado, na graça de tê-lo no colo e poder protegê-lo. Abraçá-lo dizendo: é meu filho! 


Eu, cheio de graça, digo: triste é  ser humano. Todo querendo se complicar. Cansado de ser gente. Cansado de ser pobre. Cansado das semanas. Cansado do trabalho. Cansado Por quê? Quer se mudar? O mundo continua o mesmo aqui e na China. O homem que me paga não está nem aí por saber que acabo de escrever esse texto mal redigido, também não quer saber se estava entre mim e o papel um copo de vodka ou se era pinga. Mas vai bem...Vai passar. Ele só quer alguém que produza o que o  seu cliente quer e o agrade. Ok. O meu mundo vai bem. Obrigado