14 de fevereiro de 2013

Reclamas




Reclamas em frente ao guarda roupas
do meu jeito de pensar nas coisas
das vezes que abres a porta e travas
lutas imaginárias em pedaços de panos
enrolados em teu corpo e dizes
nunca estar satisfeita e a culpa é sempre
[tua.

passam dias e passam noites de remelexos
lá fora, o mundo nos cobra sacrifícios
mas continuamos firmes, quando
não fazes o almoço, o arroz eu queimo.
E reclamas do meu jeito distraído
de viver sem saber do amanhã.

e te viras em revolta e silêncio
enquanto anseio pequeno em coração
e me calo vendo o que queres que faça.
Pois se queres reclamar, reclama.
que seja teu espelho breve em cantos
e discursos de guerras pelo futuro
que dormir sozinho nessa cama de solteiro.
E quando te viras e encobre só teus pés
eu não me importo. Se assim é, descubro.