14 de janeiro de 2014

Por fim me distraio

Foi só para lembrar das vezes que nos alertamos, daquelas coisas que falamos sobre isto ou aquilo, que o mundo é perigoso e como sempre brigávamos quando eu te achava inocente das coisas. Há tanto tempo vejo que também sofro do mesmo erro; Acho que contigo aprendi a ver o mundo de uma forma mais leve, e o mundo mais leve é feito de pessoas como você. Já nem sei mais o que lhe dizer, foram tanto tempo dizendo tantas coisas, tantos vôos perdidos, tantas histórias mal contadas.

Ainda hoje tenho aquele relicário que você me deu. Acho que parei no tempo e prefiro estar assim. Pensar em você é meu ponto de conforto.

O mundo é um teatro.

Quando me exponho nas ruas, passo em frente das lojas e vejo aquele vestido azul que você adora, esqueço das coisas, passam carros e me vêem estático e de súbito percebo dono da loja que também sorri.

Um estado de memórias mortas talvez.

Me pergunto onde foi que nos perdemos, ou por que foi que nos encontramos?

O amor verdadeiro, não é pra sempre?

Seus olhos um dia me filtraram, perfuraram meu peito como uma flecha.
Já se passaram tanto tempo e tantas coisas pelas nossas mãos, eu já nem sei se em ti passou algum pensamento sobre mim.

 Eu preciso confessar, não consigo te esquecer.
A dor de não te ter comigo é algo como uma cicatriz que se tento arrancar sangra, mas se acalento, faz arrepios. Eu finjo não sentir.

Foi por você que arranquei minhas armaduras e só a você que amei e só a você me desfiz.
A mim você foi a melhor coisa que aconteceu.

 ó! por quê estou falando tanto de você? um dia pensei diferente.
Devo estar num estado de redenção.

 Te lembra da música?
Seu olhar deixou vácuo no meu peito.