13 de março de 2013

VII

digo verdades
-não brinco-
se colo no teu ouvido
é porque te quero
(não duvide)
Eu sei de-cor
a cor do seu brinco.

VI

Não mão largo de mim. Mãos dadas. Abraços dados. Sigo em frente em passos longos. Passos largos. Passos que marcam. Meus olhos em maré tempestade. Palavras e dardos. Só a poesia me salva. Vaga-lumes no meu quarto,

Me esperam.

Talvez era só uma cócega era passageira

Talvez amanhã diremos foi melhor assim, talvez amanhã voltemos a nos falar. Ninguém sabe, quem sabe? O que me importa é agora que penso em você. Já é tarde, sempre foi tarde e sempre será tarde para nossos atos. O amor é um teatro, é palco com coadjuvantes fora de cena. Uma trama dramática de loucos que amam sofrer. Somos nós distantes e já que nem somos agora, somos passado. Um futuro interminável. Interminável é a vida agora. O relógio que toca irritante as horas. E o amor, quem saberá o seu tempo? O seu fim? Agora é de você que meu corpo precisa. Meu corpo fraco e seu corpo frágil. Meu cálice. Meu cais, meu navio oceano atlântico, minha alusão: meu tudo e nada. Peço desculpas ao que somos, dois olhos distantes. Dois olhos que se afrontam e se questionam em silêncio. Hoje como um desesperado acendo todos fogos de artifícios que no mundo houver, só para você me ouvir. Teu sono profundo. Tua noite sem sono. Meu erro. É o amanhã que vivo sem saber que sou seu, sem saber do valor que me tens. A vida sem história é uma insignificância e a nossa história apenas começa, como o disco riscado que toca nessa caixa de ruídos, é a nossa musica, a música que não se cansa, que não tem fim. Talvez amanhã diremos enganados, foi melhor assim. Que pouco nos conhecemos, pouco nos conhecíamos.