13 de março de 2013

Talvez era só uma cócega era passageira

Talvez amanhã diremos foi melhor assim, talvez amanhã voltemos a nos falar. Ninguém sabe, quem sabe? O que me importa é agora que penso em você. Já é tarde, sempre foi tarde e sempre será tarde para nossos atos. O amor é um teatro, é palco com coadjuvantes fora de cena. Uma trama dramática de loucos que amam sofrer. Somos nós distantes e já que nem somos agora, somos passado. Um futuro interminável. Interminável é a vida agora. O relógio que toca irritante as horas. E o amor, quem saberá o seu tempo? O seu fim? Agora é de você que meu corpo precisa. Meu corpo fraco e seu corpo frágil. Meu cálice. Meu cais, meu navio oceano atlântico, minha alusão: meu tudo e nada. Peço desculpas ao que somos, dois olhos distantes. Dois olhos que se afrontam e se questionam em silêncio. Hoje como um desesperado acendo todos fogos de artifícios que no mundo houver, só para você me ouvir. Teu sono profundo. Tua noite sem sono. Meu erro. É o amanhã que vivo sem saber que sou seu, sem saber do valor que me tens. A vida sem história é uma insignificância e a nossa história apenas começa, como o disco riscado que toca nessa caixa de ruídos, é a nossa musica, a música que não se cansa, que não tem fim. Talvez amanhã diremos enganados, foi melhor assim. Que pouco nos conhecemos, pouco nos conhecíamos.

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