13 de maio de 2010

Pós amor

Ninguém sabe o quanto doeu em mim
As palavras jogadas ao vento
O tanto dito trocado pelo silêncio.

Ninguém sabe o quanto remoeu em mim,
O cheiro grudado em meu corpo
Nas noites mal dormidas sentindo
Sonhado acordado

Ninguém sabe o quanto foi duro
Implorar para a mente esquecer
Mentindo a mim mesmo
Com o coração pedindo a voltar
Sentindo a falta de sua parte

Ninguém sabe o quanto doeu em mim
As lágrimas ácidas que escorriam em minha face
Esperando por uma faísca de aviso
Ou até uma surpresa que me contentasse

Ninguém sabe o quanto doeu em mim
Os sonhos pisoteados
Quebrados, estraçalhados
Junto com o orgulho
E serem jogados de lado.

Ninguém sabe o quanto doeu em mim
Acreditar que fosse certo
Que teria forças para suportar
E ver que sozinho nada poderia mudar

Ninguém sabe quanto medo que tive
De viver o resto da vida sozinho
Sem olhos, sem alma, sem razão
Sem nenhum motivo para me levantar.

Ninguém sabe o quanto doeu em mim
A falta de fôlego, a falta de palavras
A falta de apetite, a falta de saber o que faltava
O que restava do desgosto, da saudade

Ninguém sabe o inverso
De bem pensar em alguém
E o de mesmo sem querer
Só pensar em alguém

Nem eu sei por quanto tempo
Esses fantasmas vão passar
Em meus caminhos

Clayton Pires

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