21 de junho de 2010

Sublime

As palavras me consomem
Nessas horas.

Debaixo dessa sombra
Que as folhas fizeram
Com a luz da lua.

Porque seus olhos continuam
Me dissolvendo aos poucos?

Continuo te querendo
Tanto quanto minha língua
ácida, pede sua pele.

Não consigo fugir:
Nada me impede
De não deixa-la fazer.

A noite deixou de ser tédio.

Se estamos assim, tão inquietos
Só peço que o sol demore a amanhecer.

Clayton Pires

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