preciso de flores que lembrem o céu
azuis, amarelas, alaranjadas.
preciso vê-las.
essas horas o toque nada diz.
a frieza da distância
só gera angústia.
eu que sempre fui estátua,
observo o espaço
observo o espaço
onde a dor se guarda.
não quero palavras
(essas malditas vistas
um dia vão me matar)
essa ânsia de estar-se vazio
essa vontade de ser, existir
essa vontade de ser, existir
e ser querido.
queria um espelho
dois olhos, o encanto
e a segurança que o mundo
não é ilusão.
Clayton Pires
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