31 de julho de 2018

Chega um tempo... Não. não, chega.



Desculpe, mas preciso abrir o jogo. Drummond não era triste, Fernando pessoa não era atormentado, poetas não são loucos. Chega um tempo, um tempo de total sublimação. É isso. Viver não é correr atrás da felicidade, eu sempre soube disso. Viver... é. Sentimentos, todos, são lindos. Viver verdadeiramente não é algo profundo. Viver simplesmente é.
Chega um tempo, para muitos, deve chegar sim um tempo de arrependimento e é claro, nos colhemos o que plantamos. Me arrependo de algo? Não, porém já machuquei tanta gente sem querer que senti como se tivesse cortando a mim. Mas a ferida estanca no tempo dela, as coisas passam e a gente percebe que o que aconteceu se tornou em mais um degrau da escada onde queremos chegar.
A vida é curta, breve. Hoje não temos mais tempo para contar histórias, como faziam nossos pais, quando não existia Tv nem celulares. Hoje, pelo menos próximo a mim encontrar um violeiro é como achar uma agulha no palheiro. Mas eu me recordo do meu passado, me recordo das rodas, das sopas, do ajeitar-se 15 em uma casa feita de saibro e estrutura de bambu.
Fosse minha avó dizendo, feliz ou triste pra tudo se dá um jeito.

Um comentário:

Vera Mascarenhas disse...

A felicidade pode sentir-se solitária, mas a companhia malária é febre pra quem pratica solitude!