31 de julho de 2018

Fagulha



É julho e já me esqueci
das promessas de junho
porém te assopro um riso frouxo
no rosto e é só o que temos

A graça do olhar,
as mãos congeladas,
a certeza de que tá frio
pegamos ambos varetas
para riscar o que restou
do passado. Brasa, cinzas

 o fluxo dos ventos que assopra
nossos rostos, e os poemas
em minhas mãos. Convido-a
Para entrar -uma xícara de chá
de hortelã- e na vitrola um disco
de johann Sebastian bach. Ar, graça
a criança que voa no seu sorriso
dança,
pulsa
meu coração então sonha eterniza-la
numa garrafa de vinho

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