Fui jogando trapos
no muro
e numa profusão
de tecidos
Perdi meus sentidos
e esqueci como me esquivo
dos socos do mundo.
E as palavras
se secaram na garganta
emudeceram o que era antigo
e despercebido
tomei o aviso na cara:
Tua teoria de destino
nunca foi nem será concreta
nossos sentidos e dúvidas
são inconstantes
E as escolhas,
mesmo que não se prezem
são utópicas e sem volta.
Não há fórmula com segunda solução
é como a poeira em cima
Da nossa caixa de lembranças
Não volta, não se move.
Quem sabe um dia
Nesse fim que jamais se acaba
A espera do reinício
(onde não me encontro)
Algo Faça o relógio girar
Sem que seus ponteiros
Signifiquem marcas.
Clayton Pires
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