12 de junho de 2010

poema de partida

É hora de fechar o riso,
Juntar as marcas
e guardá-las nas malas.

Esquecer mágoas,
relevar promessas,
fechar a conta.

Não quero explicação
me dê a culpa
e deixe que eu pague
em silêncio.

Agora, ninguém quer saber
Quem acertou a tacada
ou será enterrado.

Já se foi o tempo
e quiçá a hora exata.

Se meus olhos
já despejaram rios
e isso não é o bastante,
não quero o passado.

O trem passou,
e eu fiquei perdido
no caminho do além,
que eu nem sábia.

Condenado a conviver
pelo resto da vida,
a saudade sem volta
Com o frio da solidão.

Essas malditas horas
que custam a passar
me fazem temer a eternidade.

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