8 de abril de 2011

Simultâneo


Na janela a minha frente
há um monumento,
um belo monumento
um estrondoso monumento!

As vezes sinto medo
dos olhos que comparam
o grandioso espetáculo das aves
em todo fim de tarde,
a todo fechar de olhos.

Nos quadros da sala
há uma linha e a vida
que empurra e bate a porta
a cada passo, em busca
do tempo que observa
as escolhas da gente
sobre sonhos e rangidos
de cada amanhecer.

Sentimento é pedra,
a eterna repetição das cores
e a comparação da dor.

Neste momento,
o mundo é a coisa
mais insignificante a mim
entre estes escombros
desse filmes passados.

Toda história é verdadeira
e vem como um sopro
em nossos ouvidos
tentando abrir nossos olhos,
afastar o silêncio
dar sons às coisas.

Esta noite faço versos de luz
que me questionam,
enquanto vejo no espelho
minha imagem servida
em pedaços ao diabo.

Clayton Pires

6 comentários:

Jota Brasil disse...

Mantenho o comentário da comu!!!!
Abraço véi...

Paula garcia disse...

Como sempre vc me surpreende, vc deveria colocar esta opção para votação, eu tinha visto ontem o começo e hj vejo ele terminado, como sempre ficou maravilhoso, como tudo que vc escreve

paula garcia disse...

Como sempre vc me surpreende, vc deveria colocar esta opção para votação, eu tinha visto ontem o começo e hj vejo ele terminado, como sempre ficou maravilhoso, como tudo que vc escreve

8 de abril de 2011 20:14

Cris de Souza disse...

mo-nu-men-tal!

beijo, mocinho.

Cris de Souza disse...

tô gostando de ver, voltarei com prazer.

Mailton Rangel disse...

Muito fortão esse.
Gostei muito!