25 de maio de 2011

A Orquestra

Naquela noite o teatro se movia
a platéia boquiaberta via a perfeição
da dança das bailarinas em melodia
ao tempo ao toque detalhado ao espaço

De repente me vi no fundo do palco:
um violino desatinado tremia tremia
e minhas mãos um som estranho
tocava sem nenhuma intenção

Sorria naquele momento, o medo
que não tinha e ria-se de estar em cima
do palco a euforia contida na platéia
em silêncio estremecia mil corações!

No fundo a moça tímida vestida de branco
se ria se ria e eu não sabia se em mim
era a alegria de vê-la brilhando
ou se por alguma natureza vinham
pirilampos brincar em minhas vistas

Sem esperar o fim da orquestra
ela correu até a porta, correu e eu a via
ir-se em nenhum caminho, ir-se e o violino
parecia gritar gritar gritar  e eu estava feliz

Naquela noite tive um sonho.


Clayton Pìres

2 comentários:

Tire o Dedo do Meu Blog disse...

Coloquei um texto seu no meu facebook e deu o maior ibope.. rsrs
Meus amigos perguntam: "Brandão, mas quem é esse poeta teu amigo? Ele é muito bom!"
Eu respondo: "eu sei que ele é bom... se não fosse, não colocava texto dele aqui no face."
rsrsr
abração

Anita disse...

Cê tá afiado heim?! Nossa! E um lirismo delicioso! Q belos esses teus olhos!